O preço do progresso?!
Queridas Bolhas,
Revoltada ando eu mas os meus motivos são diferentes dos da nossa querida e CULTISSIMA Bolha Mestra (reparam os Kg de cultura que desembuchou no nosso querido blog? Paletes de conhecimentos gerais)... Mas dizia eu que ando tão danada, indignada mesmo que, estou preste a perder a pose bolhal!!!
Com tanta construção gigantesca vocacionada para casinos, casinos e casinos, estão a desaparecer todas as coisas que eu gostava, que me ligam à minha infância e a Macau. Basta dar uma volta no leal senado ao fim do dia para perceber que está tudo num reboliço.
Quando a monstra gelataria substituiu, há cerca de três anos, a típica loja das bolachas em forma de moedas (que tanto deliciavam as crianças) no Leal Senado pressenti logo que a cidade estava a mudar.
Depois desapareceu a Barbearia Xangai que foi substituída por uma loja de roupa de desporto horripilante (internacional) que conseguiu em menos três tempos dar cabo da fachada do rés-do-chão, com a sua porta gigantesca. Já para não falar no "desaparecimento" da simpática família com os seus cadeirões de braços de marfim que deve ter atendido pelo menos 4 gerações de clientes macaenses, portugueses e chineses.
A seguir desapareceu a papelaria cujo dono era sem dúvida o senhor mais prestável do centro... Foi convertida numa pavorosa sapataria. Onde é que vou comprar canetas e ser atendida por uma pessoa tão sorridente, explicam-me?
Podem dizer que é o preço do progresso, mas desaparecem todos os dias, em Macau, sítios que nos ligam ao passado, que são tradicionais e que podem tornar-se ex libris. Não só se deve preservar o centro histórico como o que o rodeia, de forma a não descaracterizarem a cidade... Basta ter com exemplo Hoi An cuja cidade antiga, à semelhança do centro histórico de Macau, é património mundial da Unesco... É mesmo uma cidade deliciosa que manteve as suas fachadas e soube preservar o passado. Apetece sempre lá voltar!
Bolha mestra, ainda bem que vou sair daqui por uns dias pois já não aguento esta confusão de obras, pó, gente, barulho, trânsito... Quem sabe se não venho de KL rejuvenescida?!
Revoltada ando eu mas os meus motivos são diferentes dos da nossa querida e CULTISSIMA Bolha Mestra (reparam os Kg de cultura que desembuchou no nosso querido blog? Paletes de conhecimentos gerais)... Mas dizia eu que ando tão danada, indignada mesmo que, estou preste a perder a pose bolhal!!!
Com tanta construção gigantesca vocacionada para casinos, casinos e casinos, estão a desaparecer todas as coisas que eu gostava, que me ligam à minha infância e a Macau. Basta dar uma volta no leal senado ao fim do dia para perceber que está tudo num reboliço.
Quando a monstra gelataria substituiu, há cerca de três anos, a típica loja das bolachas em forma de moedas (que tanto deliciavam as crianças) no Leal Senado pressenti logo que a cidade estava a mudar.
Fizeram obras de pseudo-melhoramentos e em míseras semanas conseguiram dar cabo de tudo pois converteram a loja de grandes frascos, cheiro delicioso, madeiras escuras, numa versão pirosíssima do Castelo da Cinderela. Para onde foi o dono que era um velhinho tão simpático?
Depois desapareceu a Barbearia Xangai que foi substituída por uma loja de roupa de desporto horripilante (internacional) que conseguiu em menos três tempos dar cabo da fachada do rés-do-chão, com a sua porta gigantesca. Já para não falar no "desaparecimento" da simpática família com os seus cadeirões de braços de marfim que deve ter atendido pelo menos 4 gerações de clientes macaenses, portugueses e chineses.
A seguir desapareceu a papelaria cujo dono era sem dúvida o senhor mais prestável do centro... Foi convertida numa pavorosa sapataria. Onde é que vou comprar canetas e ser atendida por uma pessoa tão sorridente, explicam-me?
Mais uma loja, mais um restaurante, mais uma casa de chá que vão à vida. Qualquer dia sem se perceber bem como e porquê, desaparece a leitaria da vaquinha e o tau fu fá! Sim, porque os Tin Tins (antiquários que existem nas ruínas de S. Paulo) já estão a ser substituídos aos poucos por lojas de cosméticos e por lojinhas de bolachas industriais... Eu pergunto, os turistas precisam de comprar bolachas, perfumes e gelados de 2 em 2 metros?
Podem dizer que é o preço do progresso, mas desaparecem todos os dias, em Macau, sítios que nos ligam ao passado, que são tradicionais e que podem tornar-se ex libris. Não só se deve preservar o centro histórico como o que o rodeia, de forma a não descaracterizarem a cidade... Basta ter com exemplo Hoi An cuja cidade antiga, à semelhança do centro histórico de Macau, é património mundial da Unesco... É mesmo uma cidade deliciosa que manteve as suas fachadas e soube preservar o passado. Apetece sempre lá voltar!
Bolha mestra, ainda bem que vou sair daqui por uns dias pois já não aguento esta confusão de obras, pó, gente, barulho, trânsito... Quem sabe se não venho de KL rejuvenescida?!
1 Comments:
Querida Bolha de Champanhe,
A menina é mais de cá do que euzinha...
Não se pense que somos agarradas ao passado e botas de elástico, não é isso, defendemos é a evolução com contra peso e medida... Q.B.! Preservar-se parte do passado para se evoluir para o futuro... guardar ao máximo as boas coisas.
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