Joie de vivre bolhal
Bom dia minhas queridas Bolhas,
Adorei este poema de Eugénio de Andrade... Como as minhas palavras estão gastas aqui vai... Nem de proprósito, o Eugénio estava a pensar em mim e nas minhas palavras! O resto do poema não tem nada a ver com a situação da Je mas digam lá se não é a verdadeira estampa?!
Adeus
Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.
Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
era no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.
Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor,
já não se passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.
Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.
Adeus.
Poesia à parte, não admira que esteja cansada pois tive um fim de semana muito intenso! Ainda não me capacitei que já sou trintinha, acho sempre que ainda tenho 20 anos. De facto sinto-me ainda com 20... Já sei que me vão dizer que pareço ter 20, queridinhas mas isso é só o exterior... Na realidade interiormente por vezes estou o verdadeiro caco (de cristal italiano, óbvio!). Só me apetece dormir e já me custa dançar a noite toda, essa é que é a verdade!
Só saio à noite para manter o espírito jovem, arejar e ver people, dar ao dente com as amigas Bolhas e fazer companhia ao Bolhão, coitado que ainda acredita ter 20 anos... Não tem mas parece está muitissimo bem conservado!
Sábado até foi uma noite bem animada para a populaça pois quase todas as Bolhas sairam à noite (Furla, Atarefada, Star, Bolhinha et moi meme. A Champanhe exilou-se e a Mestra tal como uma Cinderela mas em chique recolheu cedo). Escusado será dizer que a nossa saída foi um sucesso, fartamo-nos de ser fotografadas enquanto sorriamos e de acenavamos. Ai estes paparazis massacrantes!!! Até demos autógrafos, vejam lá... As Bolhas são de facto a joie de vivre desta região.
Agora que já fiz o relato de mais uma sortie Bolhal, je vous embrace de tout mon Coeur.
Adorei este poema de Eugénio de Andrade... Como as minhas palavras estão gastas aqui vai... Nem de proprósito, o Eugénio estava a pensar em mim e nas minhas palavras! O resto do poema não tem nada a ver com a situação da Je mas digam lá se não é a verdadeira estampa?!
Adeus
Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.
Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
era no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.
Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor,
já não se passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.
Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.
Adeus.
Poesia à parte, não admira que esteja cansada pois tive um fim de semana muito intenso! Ainda não me capacitei que já sou trintinha, acho sempre que ainda tenho 20 anos. De facto sinto-me ainda com 20... Já sei que me vão dizer que pareço ter 20, queridinhas mas isso é só o exterior... Na realidade interiormente por vezes estou o verdadeiro caco (de cristal italiano, óbvio!). Só me apetece dormir e já me custa dançar a noite toda, essa é que é a verdade!
Só saio à noite para manter o espírito jovem, arejar e ver people, dar ao dente com as amigas Bolhas e fazer companhia ao Bolhão, coitado que ainda acredita ter 20 anos... Não tem mas parece está muitissimo bem conservado!
Sábado até foi uma noite bem animada para a populaça pois quase todas as Bolhas sairam à noite (Furla, Atarefada, Star, Bolhinha et moi meme. A Champanhe exilou-se e a Mestra tal como uma Cinderela mas em chique recolheu cedo). Escusado será dizer que a nossa saída foi um sucesso, fartamo-nos de ser fotografadas enquanto sorriamos e de acenavamos. Ai estes paparazis massacrantes!!! Até demos autógrafos, vejam lá... As Bolhas são de facto a joie de vivre desta região.
Agora que já fiz o relato de mais uma sortie Bolhal, je vous embrace de tout mon Coeur.
2 Comments:
Mais uma vez me arrisco a ser expulsa, mas não posso deixar de partilhar (aqui, no recato do lar, e onde ninguém nos ouve)a dor que me vai na alma. Tenho o coração apertado, um nó na garganta. Estou triste, muito triste.
Ne vous allarmez pas. Foi só um momento, un petit rien. Bolha que é Bolha, sorri e olha em frente (leia-se, para a máquina, para as objectivas e para as câmaras de televisão ;o)
Queridas Bolhas,
O poema é lindo mas uma farsa... Não é que descobri agora mesmo que o nosso Eugénio tinha olhos castanhos escuros e não verdes???!!!
É que faz logo lembrar o começo do filme "O Vale Abrão" que descrevia a Leonor Silveira com olhos azuis ou verdes. Como é do conhecimento Bolhal a querida tem, olhos castanhos a roçar os pretos...
Imaginativas sim mas não daltónicas!!! Ora, ora...
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