Bubble Life

Bem sabem, que ao princípio, eu não me deixei seduzir!

Resisti, aguentei, suportei todas as tentações, lutei, segui em frente sem responder a provocações, mas — qual gralha atraída pelo ouro — lá me deixei fascinar pelo glamour das jóias, dos eventos sociais, dos flashes dos paparazis, das capas de revista, das férias nas Maldivas por conta da Wella, para promoção do último grito em curly hair shampoo (o que me lembra que foi aí abdiquei do meu lindo e longo cabelo liso), das viagens relâmpago a Nova Iorque para me deixar fotografar com o Russel Crowe, the truly Gladiator, de quem, amiúde, me esqueço o nome (distracções …)

Adiante.

Mas … a bubble life é muito cansativa. I’m awfully tired.

Este fim-de-semana foi mais um exemplo do quanto a vida de uma bolha é difícil. Não fosse o caso de ser muito pouco bolhal (e de, certamente, cair sobre mim a ira das M&M) vendia o argumento à Globo.

Sábado:
Depois da piscina, das massagens, da manicure, pedicure, coiffeur, e similares, jantar em Bangkok: aniversário do Collin Firth e Brad Pitt, trés charmant.

As minhas amigas bolhas sabem como eu fico deliciada na presença do Collin. É impossível resistir ao Mr. Darcy (não o da Bridget Jones, o da Miss Benett, évidamment).

Mas fiquei deveras comovida com a estrela que luziu, feliz (e, desta feita, não discretamente), por terras de sua Majestade.

Domingo:
Almoço em Hanoi com o realizador do Amante. Quer fazer um remake mas .. é verdade que sou bolha mas não sou (pelo menos completamente) desprovida de bom senso: na tela, o mundo quer ver rapariguinhas de 15 anos perversas, não bolhas encantadoras, cheias de charme e glamour.

Jantar em Hoi An com o clã Rainier.
A família, a banhos no Vietnam, estava incomparável.
O príncipe (não o herdeiro, o outro) fez grande sucesso entre locais e veraneantes, principalmente entre os lojistas (diz-se que gastou uma pequena fortuna em arte).

Uns dias recheados de emoção.

Mas, não volto a dispensar o Jacinto, aliás Jacint (que, como diz uma bubble amiga, é mais fino, e a nós bolhas, não nos é apenas exigido que sejamos da mais fina flor, temos de o demonstrar em todas as ocasiões).

O pobre alegou a contracção de um vírus perigosíssimo e eu lá o desonerei de pilotar o PJ.

Mas, amigas bolhas e caros leitores, viajar em carreiras comerciais, ainda que em primeira, é muito difícil.

Imaginem que nestes aviões, as pessoas (other that us) têm de passar pelo boarding e, ainda por cima, à hora que eles chamam …

Andava eu**, me, myself and I distraída (ainda a pensar no Russel …) e quase que uns lindos versace perdiam a oportunidade de entrar na minha vida.

Não fosse eu, truly bubble, atarefada e persistente, e lá ficavam os V no expositor, sozinhos, perdidos e abandonados.

Em 0.21 milésimos de segundo a empregada, upsss, a assistente pessoal, que me reconheceu logo (sim, nem tudo está perdido, a Vogue tem tiragem no Vietnam), e me presenteou, desta feita, por conta da V, a mais recente coisa mais importante da minha vida (prometo amá-los e respeitá-los até que depare face to face, olhos nos olhos, e me apaixone por outros mais bonitos).

O que seria de mim se o Collin (o Firth) não se tivesse oferecido para me levar a Macauhattan (onde, adianto já, me aguarda um rendez-vous importantíssimo, le prince du nord à retourné ao palais d’ hiver pour presque 2 mois).

Je suis tellement fatigué mais je suis en train d’ arriver à l’enclave, ao bubble reino où je será vraiment heureuse: esta vida dupla, qual mata bubble hari, que levo vai permitir-me, parar, descansar, respirar fundo e carregar energias para o próximo fim-de-semana (and I do miss the poor selo banco).


** não querido leitor anónimo, evidentemente que não era a caminho de Viseu.