Mais uns poemas
Olá Bolhas!!!
Bem vinda ao nosso espaço de futilidade, Bolha Furla! A Bolha Furla é uma verdadeira Bolha sem grande vocação para a internet, tal como quase todas nós, imaginem que só demorou para aí 3 semanas a registar-se! Em compensação tem muito jeito para as Artes, é a chamada Bolha Artista. Se calhar vai passar a animar este Blog com cores e imagens singelas.
Que marasmo!!! Já viram o tempo hoje? Um frio de rachar, chove a potes, há N turistas na rua e para agravar o meu estado de espírito super depré e negativo, passei a hora do almoço TODA a fechar contas do gás, electricidade e água da antiga mansão (diga-se de passagem que mudei para uma zona ainda mais chique da Taipa, o equivalente a passar da Quinta da Gandarinha ou do Bairro do Rosário em Cascais para a Quinta da Marinha. Calma, que não estava assim tão mal... Certo? Julgavam que estava nu bairro pelintra?).
Dizia eu que, passei a hora do almoço toda a tratar dessas pequeneses... Isso porque já não se pode confiar em ninguém... O meu querido motorista Sebastian (que é checo, lá está) não consegue perceber patavina de dinheiros, coitado, o resto do pessoal menor não está também apto a essas tarefas... Resultado, lá fui eu tratar pessoalmente de todas essas tarefas ingratas. Parece que já está.
Como já estou depré de todo e com os azeites resolvi abrilhantar este blog com dois pequenos poemas de Pablo Neruda. Até porque dá uma certa intelectualidade a esta chafarica. Aqui vão dois, lindos de morrer e chorar por mais.
ANTES DE AMAR-TE
Antes de amar-te, amor, nada era meu:
vacilei pelas ruas e coisas:
nada contava nem tinha nome:
o mundo era do ar que esperava.
E conheci salões cinzentos,
túneis habitados pela lua,
hangares cruéis que se despediam,
perguntas que insistiam na areia.
Tudo estava vazio, morto e mudo,
caído, abandonado e decaído,
tudo era inalienavelmente alheio,
tudo era dos outros e de ninguém,
até que tua beleza e tua pobrezade
dádivas encheram o outono.
SAUDADE
Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas a amada já...
Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...
Saudade é sentir que existe o que não existe mais...
Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...
Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos: não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido...
Marvilhosos!!!Bem, tenho que ir. Au revoir
Bem vinda ao nosso espaço de futilidade, Bolha Furla! A Bolha Furla é uma verdadeira Bolha sem grande vocação para a internet, tal como quase todas nós, imaginem que só demorou para aí 3 semanas a registar-se! Em compensação tem muito jeito para as Artes, é a chamada Bolha Artista. Se calhar vai passar a animar este Blog com cores e imagens singelas.
Que marasmo!!! Já viram o tempo hoje? Um frio de rachar, chove a potes, há N turistas na rua e para agravar o meu estado de espírito super depré e negativo, passei a hora do almoço TODA a fechar contas do gás, electricidade e água da antiga mansão (diga-se de passagem que mudei para uma zona ainda mais chique da Taipa, o equivalente a passar da Quinta da Gandarinha ou do Bairro do Rosário em Cascais para a Quinta da Marinha. Calma, que não estava assim tão mal... Certo? Julgavam que estava nu bairro pelintra?).
Dizia eu que, passei a hora do almoço toda a tratar dessas pequeneses... Isso porque já não se pode confiar em ninguém... O meu querido motorista Sebastian (que é checo, lá está) não consegue perceber patavina de dinheiros, coitado, o resto do pessoal menor não está também apto a essas tarefas... Resultado, lá fui eu tratar pessoalmente de todas essas tarefas ingratas. Parece que já está.
Como já estou depré de todo e com os azeites resolvi abrilhantar este blog com dois pequenos poemas de Pablo Neruda. Até porque dá uma certa intelectualidade a esta chafarica. Aqui vão dois, lindos de morrer e chorar por mais.
ANTES DE AMAR-TE
Antes de amar-te, amor, nada era meu:
vacilei pelas ruas e coisas:
nada contava nem tinha nome:
o mundo era do ar que esperava.
E conheci salões cinzentos,
túneis habitados pela lua,
hangares cruéis que se despediam,
perguntas que insistiam na areia.
Tudo estava vazio, morto e mudo,
caído, abandonado e decaído,
tudo era inalienavelmente alheio,
tudo era dos outros e de ninguém,
até que tua beleza e tua pobrezade
dádivas encheram o outono.
SAUDADE
Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas a amada já...
Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...
Saudade é sentir que existe o que não existe mais...
Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...
Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos: não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido...
Marvilhosos!!!Bem, tenho que ir. Au revoir
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